domingo, 12 de setembro de 2010

Percepção de Ouro

Agora todos morreram, quase todos
E os que não morreram agora definham como cães contagiados por miíase
Pobres seres! Oh pobres seres!
Queimados dentro de galões e tambores enferrujados
Orelhas, braços, vísceras pra todo lado.
Mas não demora muito
Suas cinzas agora engolidas pelo vento que afogou-se
Tossiu e cuspiu homens de sangue amarelo
Será vingança? Mataram a morte!
Suas veias parecem as entranhas de uma árvore que engoliu cacos de vidro
Sua seiva mata! Sua seiva mata!
Socorro!
Os homens de sangue amarelo!

2 comentários: